ARTIGO=O RENASCIMENTO MUSICAL

ARTIGO=O RENASCIMENTO MUSICAL

 

Renascimento é a palavra que designa a época da História, das Artes e da Música, entre a Idade Média e antes do Barroco, sensivelmente entre 1430-1600 d. C. É um período em que se evolui dos modos eclesiásticos para o sistema tonal e a polifonia atinge um lugar destacado. Alguns dos instrumentos mais utilizados são o alaúde, a harpa, o virginal, o órgão (de tubos), a flauta doce, etc.

ALAÚDE

É um dos mais importantes instrumentos musicais dos povos árabes e islâmicos. Diz a tradição oral que o alaúde foi criado por um descendente de Caim, figura bíblica, filho de Adão. É originado de um instrumento persa ou árabe chamado ud e foi introduzido na Espanha em torno dos séculos XII ou XIII, sendo chamado de Al-'ud. Alcançou a perfeição por volta de 1500, e para ele foi escrita uma grande quantidade de obras. Durante o período da Renascença, tornou-se um instrumento de grande popularidade em toda a Europa, ocupando um lugar muito importante na música instrumental dos séculos XIV e XVII.

 

HARPA

De forma triangular, semelhante a um arco de caça, a harpa é um dos instrumentos mais antigos que se tem notícia. Os mais remotos registros da utilização do mesmo foram encontrados em representações contidas em fragmentos de vasos sumérios de 3500 a.C. Acredita-se que a harpa tenha surgido após o homem perceber o barulho que as cordas faziam quando se enroscavam nos arcos. De fato, a antiga história do instrumento é comprovada pelos indícios de seu uso em praticamente todas as civilizações da Antiguidade: hebraicos, mesopotâmicos, egípcios, gregos, entre outros povos.A harpa chegou à Espanha durante o século VIII, com as invasões islâmicas da Península Ibérica e de lá se espalhou por toda a Europa. Durante a Idade Média, acabou se tornando instrumento obrigatório em todos os jograis, danças e festividades. Durante o século XV, até a própria nobreza se rendeu ao som das harpas e os membros das cortes reais começaram a estudar o instrumento.Até então sua base continuava a mesma de desde a antiguidade. Foi a partir do século XVI que o instrumento começou a sofrer seus iniciais aprimoramentos.

 

FLAUTA

Em razão de sua relativa simplicidade e da facilidade encontrada em sua elaboração, a flauta é um dos instrumentos musicais mais antigos que conhecemos. Sabe-se que o homem de Neandertal já construía flautas a partir de ossos de animais. Arqueólogos encontraram instrumentos feitos de osso de mamute com 17 e 18 centímetros na caverna de Geibenklöuml, ao sul da Alemanha. Por isso, é bem provável que a flauta tenha entre 6.000 e 45.000 anos de idade.

Por esse motivo, não é possível determinar quem foi o criador do instrumento. O que sabemos é que o mesmo esteve presente em diversas civilizações. Egípcios e hebreus, por exemplo, faziam uso de flautas em festas, rituais religiosos e outras ocasiões especiais.

 

 

ORGÃO

Afinal, quem teria inventado o órgão, conhecido instrumento musical, geralmente instalado nas igrejas, utilizando originalmente o vento e teclado?

Alguns autores citam o nome de Jubal, filho mais novo de Lameque e Ada, como inventor da harpa e da flauta e talvez os hebreus fizessem uso de algum instrumento rudimentar e semelhante ao princípio mecânico do órgão; afirmam também que o órgão teve como seu antecedente a flauta.

Mais adiante, próximo a 170 a.C, descrito por vários autores, há um revezamento do inventor do órgão, ora Arquimedes ora Ctésibios (Ctesibio, Ctézibro, Ktesibio).

Aprofundando-se um pouco mais, poderemos agraciar aos dois gênios inventores com as seguintes descrições:

1)

Era um instrumento hidráulico; funcionava metido numa caixa de água onde havia duas bombas de ar. O curioso órgão hidráulico era provido de um grande teclado e de 8 a 10 tubos;

2) Afirma-se que o primeiro órgão de tubos foi inventado por Arquimedes, cerca de 229 anos antes de Cristo, mas, de qualquer forma, esteve em uso o órgão hidráulico de Estíbios até o século IX (Testemunho de Cassiodoro e Santo Agustín), quando apareceu o órgão pneumático, movido por foles manuais; daí o nome de órgão de foles, designação que prevaleceu até aos nossos dias.

Porém, no Ocidente Século VIII, o mais antigo órgão de que a história faz menção é aquele que o imperador de Bizâncio Constantino Copronimo enviou em 755 ou 757 a Pepino o Breve (ou O Pequeno), e que foi colocado na igreja de S. Cornélio, em Compiègue; cita-se em seguida aquele que o califa de Bagdá enviou a Carlos Magno. Estes órgãos eram muito pequenos e portáteis. Quando se construíram outros maiores foram chamados positivos, porque eram assentes no solo. Este nome foi conservado a um teclado do instrumento moderno, que põe em ação um pequeno órgão separado do resto dos jogos.

Posteriormente, o órgão alastra-se pela Europa; Todavia, não podemos assegurar, sem uma pesquisa mais intensa, quais foram os países que predominaram na sua fabricação.

A descrição do órgão é muito difícil, por causa da surpreendente variedade que existe na construção e nas proporções desse instrumento. Outro fator complicador é que para um mesmo instrumento, escritos em latim, árabe, catalão, galego, castelhano e vários outros dialetos de outros países, com ortografia própria e rudimentar, referiam-se os especialistas praticamente ao mesmo instrumento.

Um simples grupo de tubos afinados cromaticamente, correspondendo a um teclado e postos em ação por um fole, e aí temos um pequeno orgão.

Nos tubos nunca se excedeu, para o maior, a altura de 32 pés (450 kg de peso); é o que dá a nota mais grave.

Quanto aos tubos menores, que dão sons de uma agudeza extrema, não excedem 8 a 10 mm; É a forma variada destes tubos, e também à substância empregada no seu fabrico, que se devem as diferenças de timbre que são a riqueza e uma das originalidades do órgão.

 

VIRGINAL

O virginal é um instrumento musical de cordas, da família do cravo. Constitui-se de um conjunto de cordas dispostas em uma caixa de ressonância de modo que cada corda produz uma única nota. A execução é feita por pinçamento através de um teclado.

O virginal é a mais simples variação do cravo. Possui uma caixa pequena e retangular, diferentemente dos cravos modernos que possuem caixa grande Entre os compositores da Época devem referir-se Giovanni Perluzir da Pal estrina, Orlando di Lassus, William Byrd, Orlando Gibbons, Tomás Luiz de Victoria.