Assim como há várias maneiras de definir música, existem também diversas formas de classificá-la em gêneros, estilos e categorias. Classificar a música é uma tentativa de organizar cada composição com base em critérios que nem sempre são fáceis de definir.

Uma das divisões mais comuns agrupa a música em grandes categorias:

Música Erudita

É a música considerada "culta" e geralmente mais complexa. Seus defensores acreditam que ela é feita para durar e resistir a modas. Costuma exigir uma atitude contemplativa e atenção concentrada do ouvinte. Embora alguns a considerem uma forma superior de arte, essa visão é vista como ultrapassada e etnocêntrica, pois ignora a vasta diversidade de funções e formas da música em diferentes culturas. Os gêneros eruditos são classificados principalmente por períodos históricos ou por suas características predominantes.

Música Popular

Ligada a movimentos culturais populares, essa música se consolidou com a urbanização e a industrialização, tornando-se um ícone do século XX. É a música que ouvimos no dia a dia, em festas e shows, frequentemente usada para dançar e socializar. Embora seja influenciada por modas e, muitas vezes, associada a interesses comerciais, ela também incorpora tendências de vanguarda e pode ser bastante sofisticada. A música popular é frequentemente ligada a elementos não musicais, como letras, comportamentos e ideologias. É subdividida em inúmeros gêneros, dependendo da instrumentação, das características musicais e do público.

Música Folclórica ou Tradicional

Está profundamente conectada aos elementos culturais de um grupo social. Tem um caráter predominantemente rural ou pré-urbano e é associada a rituais ou festividades específicas. Pode ser funcional, como canções de trabalho para plantio, colheita ou para as lavadeiras. Geralmente, é transmitida por imitação e pode durar por décadas ou séculos. Cantigas de roda e de ninar se encaixam nesse gênero.

Música Religiosa

É usada em liturgias, como missas e funerais, e em celebrações como o Natal e a Páscoa. Cada religião tem suas próprias formas de música, como a música sacra católica, o gospel das igrejas evangélicas, a música judaica, os tambores do Candomblé ou o canto do muezim no islamismo, entre outras.

A Fluidez dos Gêneros

Cada uma dessas categorias tem centenas de subcategorias. Embora seja possível classificar uma música com certo grau de precisão, a música não é um fenômeno estático. Os músicos são constantemente influenciados por diferentes gêneros, o que leva à criação de novos subgêneros e fusões musicais todos os dias.