ARTIGO=ORQUESTRA BARROCA

ARTIGO=ORQUESTRA BARROCA

                                             

As novas experiências que associavam timbres diferentes levaram à formação de conjuntos integrados por um exemplar de cada tipo de instrumento. As cordas de arco (violino, viola, violoncelo) foram as únicas que se mantiveram coesas, mesmo durante esse período. As primeiras organizações orquestrais no sentido atual surgiram por acréscimo de sopros a um núcleo formado pelas cordas. Assim, por volta de 1670, na França, Jean-Baptiste Lully colocou os violinos no centro e utilizou também instrumentos de sopro, principalmente madeiras. A mesma formação foi usada posteriormente por Antônio Vivaldi, e o oratório Sedecia, de Alessandro Scarlatti, também a empregou em 1706. O papel de solista desempenhado por naipe tornou-se característico da orquestra barroca.

BACH E HAENDEL

A orquestra de J.S.Bach é a mesma de Vivaldi e Scarlatti; apenas é mais modesta. Mesmo para as grandes obras corais e cantatas, Bach só tinha à disposição 18 músicos. A expressividade e o colorido tímbrístico de sua orquestra certamente produzia efeito muito diverso da sonoridade grandiosa das orquestras sinfônicas hoje utilizadas na execução da Mattäuspassion (1729 – Paixão Segundo São Mateus). Handel, alemão radicado em Londres, onde encontrou ambiente mais exigente, reforçou muito a seção de sopros e chegou a utilizar 45 instrumentos em Music for the Royal Fireworks (1749 – Música para os Reais Fogos de Artifício). Os ingles

es organizaram orquestras colossais para a execução de obras barrocas, como a do Festival Haendel (1784), integrada por 252 músicos, entre os quais 95 violinistas. Tratava-se, porém, de mera acumulação de instrumentos, sem qualquer tentativa de combinação mais sutil dos timbres, o que só ocorreu de forma mais elaborada no romantismo.