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ARTIGO=HA NECESSIDADE DE UM MAESTRO?

ARTIGO=HA NECESSIDADE DE UM MAESTRO?

                                                 

É verdade que os músicos profissionais conseguem contar o tempo por si próprios, mas um maestro faz muito mais do que apenas “martelar” os compassos com a sua batuta. Um bom maestro juntará à obra interpretação e forma, desde o momento em que controla com precisão a dinâmica da música, onde começar e como acabar cada um dos componentes da peça musical. Existem algumas orquestras que tocam sem maestro (por exemplo a Orquestra de Câmara Orpheus), mas mesmo neste caso, existe normalmente um elemento de entre os instrumentistas que tem funções de “líder” numa determinada peça e é para ele que os outros colegas olham quando procuram alguma pista. Muitas peças mudam o seu tempo a meio de um andamento e se houver uma única pessoa a dizer quando e como essa transição deve ser feita, essa mudança soará e acontecer de forma muito mais precisa. Numa grande orquestra sinfônica existe ainda um problema adicional. Muitas vezes, em determinadas salas de concerto, devido à acústica da mesma, os músicos da ala direita não conseguem ouvir os seus colegas do lado oposto e assim é necessário que exista uma referência, neste caso o maestro. Mas o maestro tem ainda outra função, que é a de estabelecer a dinâmica da obra. Quer o maestro utilize movimentos repentinos e poderosos, quer faça soar batidas leves e delicadas, esta maneira de sentir a música vai condicionar o modo de como os instrumentistas a interpretarão e consequentemente, toda a dinâmica da obra.

 

A PRIMEIRA BATUTA

 



 

Jean-Baptiste Lully, batizado Giovanni Battista Lulli, nasceu em Florença, Itália, em 1632, mas passou a maior parte de sua vida trabalhando na corte de Louis XIV da França. Em janeiro de 1687, em homenagem à recuperação de Louis XIV de uma recente cirurgia, enquanto Lully entusiasticamente regia o seu Te Deum, marcando vigorosamente o tempo da música com batidas fortes do barrete (pesada vara precursora da atual batuta de maestro) no chão, o barrete lhe acertou o dedão do pé criando assim um abscesso. Não aceitando ter seu dedão amputado, a ferida se tornou gangrenosa espalhando-se pela perna e finalmente causando-lhe a morte dois meses mais tarde.

 

ORQUESTRA



Uma orquestra é um agrupamento instrumental utilizado sobretudo para a execução de música erudita.Esta palavra designa não só um grupo de músicos que interpretam obras musicais com diversos instrumentos como também uma parte física do teatro grego, que se caracterizava por um coro formado por bailarinos e músicos que faziam evoluções sobre um estrado chamado orkhéstra (ορχήστρα), situado entre o cenário e os espectadores. Orkhéstra provinha do verbo orcheisthai, que significava '‘dançar’' ou '‘eu danço’'. O vocábulo grego passou ao latim como '‘orchestra’', com o mesmo significado, como documentam os escritos de diversos poetas romanos. No século I, Vitrúvio e Suetônio a utilizaram para designar o lugar destinado aos senadores no teatro romano. A palavra chegou ao francês em fins da Idade Média, em traduções de Suetônio, porém só se aplicou ao teatro moderno a partir do século XVIII, com a ópera italiana.

As orquestras completas dá-se o nome de orquestras sinfônicas ou orquestras filarmônicas; embora estes prefixos não especifiquem nenhuma diferença no que toca à constituição instrumental ou ao papel da mesma, podem revelar-se úteis para distinguir orquestras de uma mesma localidade. Na verdade, esses prefixos denotam a maneira que é sustentada a orquestra. Não há nenhuma diferença, nos dias de hoje, entre sinfônica e filarmônica. Antigamente a orquestra sinfônica levava este nome por ser mantida por uma instituição pública, e a orquestra filarmônica era sustentada ou apoiada por uma instituição privada.