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ARTIGO=MÚSICA:ARTE OU CIÊNCIA

ARTIGO=MÚSICA:ARTE OU CIÊNCIA

 

                                                        

 

Ninguém sabe como os sons musicais realmente são.O som existe em toda a parte e no entanto só é conhecido pelo efeito que o produz.

Através do nosso acordeom ou de outro instrumento musical podemos produzir sons controlados e esses sons controlados são transformados em música.

Não conhecemos toda a verdade a respeito de nada, e isso vale também para a música.

Quando tocamos uma nota musical em nosso instrumento, parece-nos um som único, mas sabemos que isso não é verdadeiro pois um som não é único e sim constituídos de vários outros sons secundários interagindo com esse som primário, chamado de série harmônica.

Há tempos vem se falando sobre as influências da música sobre a atividade mental e, em alguns casos, até sobre o comportamento animal. Bebês se acalmariam ouvindo músicas clássicas, bois confinados engordariam mais, galinhas botariam mais ovos e tantas outras observações curiosas.Os trabalhos mais recentes se beneficiam dos exames de imagens funcionais cerebrais obtidas de aparelhos de ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons.Procura-se compreender, cada vez mais, o comportamento musical neurológico e as reações mentais das pessoas à música e ao som.Uma das conclusões que já se pode obter é que nossos cérebros têm circuitos distintos para perceber, processar e tocar música.

A música, como atividade neuropsicológica, requerer múltiplas funções cerebrais, tais como a função auditiva para escutar e apreciar a harmonia, ritmo, timbre, a função visual, para ler uma partitura, a função motora para execução instrumental e, mais fascinante, as funções cognitivas e emocionais para a interpretação e representação musical interior.

Três são os processos neuros físicos desencadeados pela música.

 

1. A música é um processo não-verbal, e por isso pode se mover através do córtex auditivo do cérebro diretamente para o centro do sistema límbico. O sistema límbico governa nossas experiências emocionais básicas e respostas metabólicas, tais como a temperatura corporal, pressão arterial e frequência cardíaca. Segundo a psicoacústica, a música pode também ajudar a criar circuitos neurais no cérebro.

 

2. A música pode ativar o fluxo de memória armazenada e da imaginação, através do corpus callosum (ponte entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro), ajudando os dois a trabalharem em harmonia. Ainda segundo a psicoacústica, isso pode estimular o sistema imunológico.

 

3. A música pode ativar os peptídeos do cérebro e estimular a produção de endorfinas, que são opiáceos naturais liberados pelo hipotálamo, produzindo uma sensação de euforia natural, alterando o humor e as emoções.

 

 

EXPERIÊNCIA CIENTÍFICA, NO TRATAMENTO DO CANCER ATRAVÉS DA MÚSICA

 

Uma pesquisa do Programa de Onco biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, a meia hora da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven.

Uma em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre uma nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.

Para as pesquisas atuais a música ultrapassou sua natureza artística e passou a ser um instrumento para o estudo de vários aspectos da neurociência.