ARTIGO=História da Música Erudita
Pré-História – A música surge ligada aos rituais religiosos.
Apenas alguns restos de instrumentos são conhecidos,
como as flautas de falanges, datados do Paleolítico médio
(10200 a. C). No Neolítico (3000 a. C), a prática musical
envolve instrumentos feitos de argila e pele de animais.
2000 a.C. -331 a.C. – No Oriente Médio há maior
sofisticação na construção de instrumentos como lira,
harpa, alaúde, flauta e trombeta. O conhecimento sobre a
música da época resume-se ao que se pode deduzir da
afinação e das escalas dos instrumentos encontrados,
das figuras de tocadores e de rituais. Algumas
manifestações poéticos musicais são encontradas na
Bíblia, como a descrição da orquestra de Nabucodonosor
II feita por Daniel. Século VI a.C. – Referências à música
aparecem nos escritos dos filósofos gregos. Há uma vasta
produção musical ligada às festividades e ao teatro, e a
notação musical é feita com a utilização de letras do
alfabeto grego, o que possibilita a recuperação de
algumas composições. Pitágoras demonstra proporções
numéricas na formação das escalas musicais, na mais
antiga menção a uma teoria da música na Grécia. Séculos
V a.C.-IV a.C. – No período da Antiguidade clássica, na
Grécia, são cantados os ditirambos – coros em honra ao
deus Dionísios. Aristogenos de Tarento funda uma nova
teoria musical grega, para a qual a base deixa de ser
numérica, como o era para os pitagóricos, e passa a levar
em conta a experiência auditiva. Séculos IV a.C.-I a.C. –
A teoria e a música grega são compiladas pelos romanos.
A tradição musical grega é difundida por escravos
vindosda Grécia, que tomam parte em exibições de lutas
e espetáculos em anfiteatros. Séculos I-VI – A base da
música da Idade Média começa com a proliferação das
comunidades cristãs. Suas fontes são a música judaica
(os salmos) e a música helênica sobrevivente na Roma
antiga. As principais formas musicais são as salmodias e
himnodias, cantadas numa única linha melódica, sem
acompanhamento. A música não dispõe, então, de uma
notação precisa. São utilizados signos fonéticos
acompanhados de sinais que indicam a movimentação
melódica (neumas). Século VI – A rápida expansão do
cristianismo exige maior rigor do Vaticano, que unifica a
prática litúrgica romana. O papa Gregório I (São Gregório,
o Magno) institucionaliza o canto gregoriano, que se torna
modelo para a Europa católica. Século XI – Guido
D’Arezzo identifica a repetição regular das notas em
oitavas, anotando-as sobre uma pauta de quatro linhas na
qual as ordenava de baixo para cima como graves,
acutae, superacutae. É desse mesmo período o
surgimento do minnersangers germânicos, menestréis
membros da nobreza que cantam canções de conteúdo
amoroso. No sul da França aparecem os primeiros
trovadores. Século XII – A prática polifônica dá um salto
com a música escrita por compositores que atuam na
Catedral de Notre-Dame. Eles dispõem de uma notação
musical evoluída, em que não só as notas vêm grafadas
mas também os ritmos. Destacam-se compositores como
Léonin e Pérotin. Séculos XIII-XIV – Surgem a Ars
Antiqua, entre 1240 e 1325, e a Ars Nova, de 1320 a
1380. Ambas têm como principal forma de composição o
motete, moldado a partir de textos cristãos não litúrgicos,
que logo são traduzidos para o francês. Na Ars Antiqua,
textos de origens diferentes aparecem cantados em
contraponto, enquanto na Ars Nova tais sobreposições
são mais restritas. Uma distinção importante entre elas é
a presença, na Ars Nova, de uma polifonia resultante da
notação musical mais precisa, surgida a partir de 1300.
Os meistersanger germânicos, mestres-cantores da
burguesia, substituem os minnersanger. No norte da
França surgem os troveiros. Tanto os meistersanger
quanto os troveiros exercem forte influência na música e
poesia medieval europeia. Século XV – Em Roma, um
grupo de compositores faz música predominantemente
religiosa, fundindo elementos da escola franco flamengo
com a riqueza das melodias italianas. A escola romana
retoma o canto gregoriano na composição polifônica,
atendendo às exigências da Contrarreforma. Seu principal
representante é Giovanni Pierluigi da Palestrina, cuja obra
é modelo para as escolas posteriores. A independência e
o equilíbrio entre as vozes melódicas e a melodia
agradável são ressaltados nos tratados de contraponto
polifônico de Berardi, no século XVII, e de Fux, já no
século XVIII. Séculos XVI-XVII – Desenvolve-se o
madrigal italiano, conjunção perfeita entre música e texto.
O madrigal é herdeiro direto das chansons francesas, que
já possuíam caráter descritivo e usavam cantos de
pássaros, gritos de pregão nas ruas e a narração de
batalhas como temática. Baseia-se na prática polifônica e
na homofonia nascente. A música, inspirada pelo texto,
utiliza-se de recursos sonoros para descrever as cenas
que o texto narra. Por seu caráter dramático, o madrigal é
o elo entre a música modal medieval e renascentista e a
música tonal do barroco, classicismo e romantismo. Seus
principais compositores são Luca Marenzio, Andrea
Gabrieli, Carlo Gesualdo di Venosa e Claudio Monteverdi.
Refletindo a preocupação dos membros da Camerata de
Florença em recriar o drama grego antigo com música,
Jacopo Peri compõe a primeira ópera Dafne (1598,
partitura extraviada). 1660-1750 – Período de auge do
barroco. Predomina a música vocal instrumental voltada
ao texto a ser cantado. É a época das primeiras óperas,
das grandes cantatas e oratórios e da fuga, definindo o
início da música tonal. A polifonia, com as vozes
melódicas independentes do coro, cede lugar à
homofonia. As melodias são simples, acompanhadas,
facilitando a compreensão do texto. A música
instrumental, além de pontuar as óperas com passagens
instrumentais, surge como linguagem independente,
favorecendo o virtuosismo técnico. Floresce a música
para órgão, cravo e espineta: O Cravo Bem Temperado e
Prelúdios e Fugas para Órgão, de Johann Sebastian
Bach; as Sonatas de Domenico Scarlatti. A música modal
medieval e suas variantes dão espaço aos dois modos
tonais: o maior e o menor. As alturas – notas – são
organizadas em um desses dois modos, a partir de uma
das 12 alturas cromáticas (as sete notas mais suas
alterações, sustenido ou bemol), as quais dão nome às
tonalidades: dó menor, dó maior, ré maior etc. Século
XVIII (início) – A ópera torna-se a música mais popular na
Itália, fazendo a transição entre o barroco e o classicismo.
Seu principal compositor é Alessandro Scarlatti, pai de
Domenico Scarlatti, e a cidade de Nápoles é o centro da
atividade operística, difundindo esse estilo musical que
predominará nesse século. Entre seus compositores se
destacam também o alemão Georg Friedrich Haendel
(que, além das óperas, fez grande sucesso em Londres
com oratórios como O Messias), Niccolò Jommelli,
compositor napolitano que serviu à corte de Lisboa, e
Joseph Haydn. ÓPERA – A linguagem da ópera é
renovada no início do século XIX por Gioacchino Rossini
e Vincenzo Bellini com o uso de temas vindos da vida
cotidiana. Na segunda metade do século há um retorno
ao drama, em obras de caráter heróico ou mitológico, nas
óperas de Giuseppe Verdi, criador das conhecidas Aida e
La Traviata, e de Richard Wagner, de Tristão e Isolda.
Seguindo ainda a linguagem da música tonal surgem as
óperas de Giacomo Puccini, como La Bohème, Tosca,
Madame Butterfly e a inacabada Turandot. Richard
Strauss mantém a tradição do poema sinfônico em óperas
como Salomé e Electra. Século XVIII (final) – A sonata
clássica torna-se a forma musical mais importante. Nela,
os momentos de tensão e relaxamento são a base de
obras para instrumento solo e posteriormente para
quartetos de cordas, trios e orquestra. Os compositores
que mais contribuem para o auge da sonata são Wolfgang
Amadeus Mozart e Joseph Haydn. Já com Ludwig van
Beethoven a sonata deixa de ser um jogo de variações
sobre as melodias principais e se transforma numa
profunda rede de inter-relações entre ritmos, melodias e
timbres. Junto com Franz Schubert, Beethoven realiza a
transição do classicismo para o romantismo. Século XIX –
Sobre bases tonais sólidas, o período romântico é o
derradeiro momento da música tonal. Formas livres,
prelúdios, rapsódias, sinfonismo, virtuosismo instrumental
e movimentos nacionais incorporam elementos alheios à
tonalidade estrita do classicismo. Franz Schubert compõe
seu Quinteto em Lá Menor, Op. 114, mais conhecido
como quinteto A Truta, por referir-se a sua canção Die
Forelle (a truta). Com as últimas obras de Beethoven,
esse será um dos primeiros passos rumo ao romantismo
que predominará por quase todo o século XIX. É o
período do lied (canção para voz e instrumento), das
grandes sinfonias e das grandes óperas. Frédéric Chopin
inicia seus Estudos para Piano, Op. 10, em 1829,
enriquecendo o repertório para o instrumento
predominante no século XIX. Destacam-se também suas
mazurcas, polonaises, impromptus baladas. Franz Liszt
abre um novo caminho para a composição musical
inaugurando o gênero poema sinfônico com sua obra para
orquestra Les Preludes, de 1848-1852. Continuando o
projeto de Liszt e do alemão Robert Schumann (que, além
de ampliar as possibilidades do lied e da música para
piano, atua como crítico no jornal Neue Zeitschrift für
Musik), Richard Wagner leva o sistema tonal até o limiar,
abrindo caminho para a música atonal (música sem
tonalidade) que predominará no século XX. Em
contrapartida, Johannes Brahms, com sua música
sinfônica, representa a reiteração da tonalidade e a
retomada dos ideais clássicos. A tonalidade também
sobrevive na tradição operística francesa
(Gounod,Massenet, Bizet) e italiana (com o belcanto de
Rossini, Donizetti e Bellini e as óperas de Verdi); na
segunda metade do século, Puccini leva adiante a
popularidade da ópera italiana. 1890 – O francês Claude
Debussy dá o primeiro passo para o impressionismo
musical com seu Quarteto de Cordas em Sol Maior e
Prelúdio à Tarde de um Fauno (1894), este último
baseado em um poema simbolista de Stéphane Mallarmé.
Suas obras, influenciadas pela música oriental, valorizam
a sonoridade dos instrumentos musicais para transmitir
emoções e estados de espírito. Ao lado de Debussy
atuarão compositores como Erik Satie, autor de
Gymnopédies, e Maurice Ravel, que cria Bolero. Com seu
ciclo de nove sinfonias, caracterizadas pela ironia,
monumentalidade e ampla exploração dos recursos
orquestrais, o autor austríaco Gustav Mahler supera e
esgota a escrita tradicional no gênero. Ao lado das
sinfonias de Mahler, a produção tardia do compositor
alemão Richard Strauss (como a ópera O Cavaleiro da
Rosa e o poema sinfônico Assim Falava Zaratustra) é
considerada uma das últimas expressões do romantismo.
1912-1913 – Às vésperas da I Guerra Mundial, a Europa
assiste à estreia de três obras que marcarão as
mudanças na música no século XX. De um lado A
Sagração da Primavera, do russo radicado em Paris Igor
Stravinski, o trabalho mais marcante do atonalismo.
Fazendo uso de elementos do folclore, ela influenciará
fortemente a música de tendência nacionalista do início
do século. De outro, o Pierrot Lunaire, de Arnold
Schoenberg (mentor do grupo que ficou conhecido como
Segunda Escola de Viena), e As Seis Bagatelas, Op. 9,
para quarteto de cordas, de seu aluno Anton von Webern,
obras que abrirão caminho ao dodecafonismo e ao
serialismo. Outro aluno de Schoenberg, Alban Berg, será
o responsável pelas mais bem-sucedidas óperas da
estética dodecafônica: Wozzeck e Lulu. PRIMEIROS
SERIALISTAS – A primeira versão de música atonal do
início do século XX é o serialismo dodecafônico de Arnold
Schoenberg. Ele apresenta as doze notas da escala
cromática (escala que contém todas as notas
compreendidas em uma oitava, de dó a dó), sem repeti-
las. As notas só voltavam a aparecer após a
apresentação de todas as doze notas da série. Esse
modo de composição passa a ser adotado por outros
músicos, como Anton von Webern e Alban Berg, alunos
de Schoenberg. Na década de 50, o princípio desse
serialismo será estendido a outros parâmetros musicais –
as durações, os timbres e as intensidades –, chamado de
serialismo integral. Década de 20 – A obra de Edgard
Varèse, compositor francês radicado nos Estados Unidos
(EUA), começa a ser conhecida. Com um trabalho
anticonvencional, ele tem como temática o próprio som e
é um precursor da música eletrônica. Antes de Varèse, o
norte-americano Charles Ives já havia criado novos
caminhos para a música de concerto, introduzindo uma
linguagem particular que sobrepunha melodias em
tonalidades diferentes. Década de 50 – Surge o serialismo
integral. Seu desenvolvimento se deve aos músicos Karel
Goeyvaerts, Pierre Boulez, Karlheinz Stockhausen e Henri
Pousseur. Também nesse período, compositores
franceses liderados por Pierre Schaeffer, ligado à rádio e
à televisão francesa (ORTF), criam a música concreta
(1948), compondo a partir de fitas de sons cotidianos pré-
gravadas. Já a música eletrônica surge no estúdio da
rádio de Colônia, na Alemanha, inventada por um grupo
liderado por Herbert Eimert, que terá como destaque o
compositor Karlheinz Stockhausen. A fusão da música
concreta e eletrônica recebe o nome de música
eletroacústica. Seguindo um caminho pessoal, Olivier
Messiaen, mestre de Pierre Boulez, após escrever várias
obras de inspiração religiosa, passa a pesquisar os cantos
dos pássaros, adaptando-os em composições como o
Catalogue d´Oiseaux, para piano solo. Década de 60 – O
termo teatro musical começa a ser empregado para obras
que integram o elemento dramático em suas
apresentações. Entre os músicos que se destacam estão
o argentino radicado na Alemanha Maurício Kagel e o
alemão Hans Werner Henze. Ambos usam elementos não
convencionais em suas composições. Surge o
minimalismo, com o uso de ritmos e repetições
padronizados, que reduzem os elementos utilizados na
composição. Entre os músicos que se voltam à música
tonal e modal estão os minimalistas norte-americanos
Philip Glass, Terry Riley e Steve Reich. 1961 – O
compositor norte-americano John Cage é convidado a dar
palestras e apresentar suas obras nos cursos de verão da
escola de Darmstadt, Alemanha, palco da música serial
integral. Cage apresenta suas inovações no campo da
música aleatória, surgida na década de 50, em que a
melodia é feita pelo acaso. Em Paisagem Imaginária
(1951)ele coloca cada um dos elementos da composição
(o tempo, as durações, os sons, as intensidades) em
cartelas que devem ser combinadas pelo intérprete
segundo um hexagrama sorteado do I Ching, o Livro das
Mutações. 1965 – O polonês Krzysztof Penderecki causa
impacto com sua Paixão Segundo São Lucas e com a
ópera Os Demônios de Loudun, que estreia quatro anos
depois. Clusters (grupos de notas adjacentes que soam
simultaneamente), novos efeitos nas cordas e variados
efeitos de percussão: Penderecki cria um estilo que será
imitado à exaustão no mundo todo. 1969 – Luciano Berio
compõe sua Sinfonia, obra que utiliza o processo de
colagem, sobrepondo diversos trechos de composições
datadas da história da música, textos de panfletos
estudantis, tendo como pano de fundo um movimento de
sinfonia de Gustav Mahler. Dessa forma, Berio abre
caminho para uma música que funde elementos do
passado aos contemporâneos. Década de 70 – As
conquistas da música do século XX, como o serialismo, a
música eletrônica, a aleatória, o teatro musical e o
concretismo, desgastam-se, levando compositores
europeus a incorporar elementos de culturas não
ocidentais, como a hindu, a chinesa ou a africana. 1975 –
O compositor Pierre Boulez funda o Instituto de Pesquisa
e Coordenação Acústica/Música (Ircam), em Paris, para
desenvolver pesquisas em música com suporte
tecnológico. O projeto de criação de novas ferramentas
para a prática musical envolve compositores, técnicos em
eletrônica e informática, pedagogos e instrumentistas.
Década de 80 – O músico György Ligeti, um dos
principais compositores da escola de Darmstadt
(Alemanha), escreve em 1984 seu Trio para Violino,
Trompa e Piano e sua primeira série de Estudos para
Piano, reintroduzindo em seu trabalho elementos que
remetem à música atonal do início do século, como a de
Béla Bartók. Diversos movimentos de revival imperam no
panorama musical. A nova simplicidade do alemão
Wolfgang Rihm propõe uma melodia com ausência de
dificuldades para o ouvinte, resgatando elementos da
harmonia de Debussy e da música expressionista do final
do século XIX. Já Brian Ferneyhough resgata o serialismo
integral no movimento nova complexidade, com uma
composição que expressa a complexidade e
multiplicidade do homem atual. Na música espectral
francesa, Tristan Murail e Gérard Grisey compõem a partir
do estudo da estrutura espectral dos sons com o auxílio
de recursos da eletrônica e da informática. Nos Estados
Unidos (EUA), a multimusic é o caminho seguido por
Meredith Monk e Joan La Barbara, que trabalham
misturando recursos audiovisuais, como vídeo, teatro,
dança etc. Há também a computer-music, que utiliza
elementos da informática na síntese sonora, nos cálculos
de estruturas musicais e nas transformações de
informação numérica em sonora. 1985-1986 – Surgem o
protocolo Midi (Musical Instrument Digital Interface) e o
chip DSP (Digital Sound Processor), tecnologias que
permitem o aumento na produção da música
eletroacústica com suporte digital. O Midi facilita a
conexão entre instrumentos eletrônicos, enquanto o DSP
permite a transformação e a síntese de sons por
computador. Implantados em computadores pessoais (os
PCs), eles dão liberdade ao compositor de músicas
eletroacústicas para desenvolver suas obras em casa.
1989 – Com o processo de abertura política e a posterior
dissolução da União Soviética, o mundo passa a conhecer
obras de compositores soviéticos isolados pelo antigo
regime. Tem destaque as composições para cinema de
Sofia Gubaidulina, as obras para piano de Galina
Ustvolskaia e a poli estilística (fusão de vários estilos
musicais, do tango ao dodecafonismo) de AlfredSchnittke.
1990 – O compositor norte-americano John Corigliano
retoma a forma sinfônica tradicional do século XIX com
sua Sinfonia n. ° 1, dedicada às vítimas da Aids,
encomendada e gravada pela Sinfônica de Chicago.
Devido ao grande sucesso, o Metropolitan de Nova York
encarrega-o, dois anos depois, de compor uma ópera
(The Ghost of Versailles) para a celebração de seu
centenário. 1992 – A gravação da Sinfonia n. ° 3, do
compositor polonês Henryk Górecki, chega a vender 14
mil cópias por dia. O sucesso comercial de Górecki
aponta para o renascimento do interesse do público pela
música sacra, presente na obra de autores como o
estoniano Arvo Pärt, o britânico John Taverner, o polonês
Zbigniew Preisner e o georgiano Giya Kancheli.